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Quais Filmes Brasileiros Devo Ver em 2018?

Uma ótima maneira de entender a cultura brasileira e acompanhar o momento artístico que o Brasil está vivendo é tendo acesso ao que há de melhor do nosso cinema e audiovisual. Com importantes produções de repercussão internacional, este é, ao que parece, o momento ideal para curtir o cinema brasileiro. Veja aqui algumas indicações de algumas das produções de filmes e séries mais importantes dos últimos tempos no Brasil.


Mas atenção! É recomendável que você assista tudo com legenda! Não vale ver dublado.


CINEMA

Drama

O gênero dramático tem sido há muito tempo o carro forte do cinema brasileiro. Com filmes de teor artístico único e forte sensibilidade social, os filmes produzidos nesse gênero foram os responsáveis por reposicionar a arte cinematográfica brasileira no mais alto pódio do cinema internacional.


Tudo indica que é nesse gênero que é produzido o que há de melhor no Brasil nos últimos vinte e tantos anos, com filmes que ficaram consagrados no mundo inteiro, como “Central do Brasil”, “Abril Despedaçado” e “O Bicho de Sete Cabeças”.


Os últimos 3 anos indicam que o que parecia ser só uma tendência já se tornou uma tradição artística que os diretores brasileiros parecem saber revitalizar com maestria. Esse é o caso de Kleber Mendonça Filho com seu filme “Aquarius”, protagonizado por Sônia Braga (conhecida no mundo inteiro por “Dona Flor e Seus Dois Maridos”), que com esse filme provou estar no auge de sua performance.


“Aquarius” conta o esforço de uma mulher de meia-idade para manter suas lembranças, seus ideais e sua dignidade em uma sociedade extremamente patriarcal, corrupta e violenta.

Levado ao Festival de Cannes em plena época do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o filme também gerou muita polêmica, devido a um protesto feito por Kleber e sua equipe no tapete vermelho do Festival de Cannes, denunciando um golpe de estado no Brasil. Por causa desse protesto o filme terminou sendo impedido de concorrer como melhor filme estrangeiro no prêmio Óscar, devido à posição política manifesta do diretor.

Talvez a maior novidade do cinema brasileiro atual seja o surgimento de uma nova leva de diretores jovens, graças ao surgimento de vários cursos universitários de cinema no país, ao boom econômico da última década, ao maior acesso à informação que uso da internet possibilitou e às leis de incentivo.


Outro filme tocante e singular na cinematografia brasileira é “Que horas ela volta?” (2015), dirigido por Anna Muylaert e protagonizado pela brilhante Regina Casé. Um retrato da classe média brasileira do ponto de vista de uma empregada doméstica.

Dessa nova geração podemos destacar Fellipe Garamano Barbosa, diretor de “Casa Grande” e do mais recente “Gabriel e a Montanha”, produção franco-brasileira exibida pela primeira vez na Semaine de la Critique do Festival de Cannes de 2017. O filme conta a história real de Gabriel Buchmann, um jovem que decide viajar pelo continente africano e escalar o Monte Mulanje.

Também se destaca o trabalho dos diretores Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, que conseguiram aplausos no Festival de Cinema de Berlim com “Beira-Mar”, um drama sobre dois adolescentes saindo do armário em um momento de descobertas familiares.

Matzembacher e Reolon voltaram a atrair a atenção da crítica e do público com o aclamado, e mais maduro, “Tinta Bruta”.

O ator brasileiro Selton Mello é uma surpresa nessa nova geração de diretores. Um dos atores mais conhecido do cinema brasileiro, Selton Mello fez sucesso como diretor de “O Palhaço”, em 2011, e agora, dirigindo seu quarto filme “O Filme da Minha Vida” , que tem como tema central o amor pela arte e foi lançado em 2017. Com esse filme, Mello demonstra ter sensibilidade para o melodrama, apesar de ter passado boa parte de sua carreira como ator de comédias.

Também há opção para quem gosta de futebol. Um dos filmes brasileiros que mais brilhou nos festivais internacionais foi “Heleno” (2012) dirigido por José Henrique Fonseca e protagonizado por Rodrigo Santoro.


O filme, que foi rodado em preto e branco, retrata com beleza e sensibilidade a biografia do jogador de futebol Heleno de Freitas, que ficou imortalizado por seu desempenho no time Botafogo na década de 1940.

Histórico


Para os amantes de história, o cinema brasileiro também oferece, para começar, o impressionante “Desmundo” (2002), de Alain Fresnot, adaptado do livro de Sabina Anzuategui e com trilha sonora de John Neschling, um compositor e maestro brasileiro que foi diretor da OSESP (Orquestra Sinfônica do Estados de São Paulo). É um filme extremamente bem realizado que ganhou diversos prêmios no Brasil e fora.


O filme é totalmente falado em português arcaico, já que é ambientado em 1570. “Desmundo” é a história de uma jovem órfã obrigada a casar-se com um dos colonizadores do Brasil.

Uma opção mais recente é o filme “Joaquim” (2017), de Marcelo Gomes, que conta a história de Tiradentes, um personagem da história brasileira considerado um mártir, envolvido no processo de independência do Brasil.

Comédia

Já o gênero da comédia segue uma tradição diferente. Por alguma razão os filmes de comédia feitos no Brasil tiveram mais sucesso no Brasil que no exterior, formando quase sempre as melhores bilheterias do cinema nacional.


Os melhores geralmente colocam como pano de fundo o sertão nordestino, como é o caso de “O Auto da Compadecida”, baseado numa peça de Ariano Suassuna. Esse filme teve uma das melhores bilheterias do gênero na história do cinema brasileiro e soube misturar de maneira criativa o folclore popular, a religião e as questões sociais dessa região do Brasil.



Uma produção mais recente de tom bastante parecido é o filme “Malasartes e o duelo com a Morte” (2017), dirigido por Paulo Morelli. Além de possuir um bom elenco, o filme apresenta efeitos especiais bastante sofisticados para a realidade brasileira nesse ramo. O filme conta as aventuras de Pedro Malasartes, que é um personagem da cultura portuguesa e brasileira.


Terror

Um filme de terror que foi furor no ano passado é “Boas Maneiras” (), dirigido por e protagonizado por Marjorie Estiano. Não vou contar nada sobre esse filme, assim já deixo você no clima de suspense adequado. Mas você pode ver o trailer abaixo:

NETFLIX

Se você preferir as séries da Netflix, o Brasil tem duas produções bem-sucedidas por lá até agora.


Uma delas é a ficção científica “3%”, que já tem confirmada a segunda temporada e foi desenvolvida pelo jovem cineasta Pedro Aguilera. A série apresenta a visão de um mundo pós-apocalíptico, onde a maior parte da população é pobre e excluída. No entanto, todo cidadão tem direito a participar de um processo de seleção ao fazer 20 anos para passar para o Maralto, onde as pessoas têm mais recursos e a vida seria mais fácil e digna. Mas somente 3% das pessoas pode ingressar através dessa seleção cheia de testes psicológicos.

Mas a nova aposta da Netflix no Brasil é a série “O Mecanismo”, criada por ninguém menos que “José Padilha”, o diretor do filme “Tropa de Elite”. A série foi inspirada nas investigações da conhecida (e ainda fresca) operação “Lava Jato”, que apura casos de corrupção em empresas estatais do Brasil, como a Petrobrás e que ajudou a derrubar o governo de Dilma Rousseff.


Fique atento, porque “O Mecanismo” terá sua estréia no dia 23 de março de 2018!

Agora é só fazer pipoca e ir pro sofá. Espero que você tenha curtido as nossas indicações!

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